A deputada Professora Bebel participou na segunda-feira (7/10), no campus da USP em São Carlos, de debate sobre a CPI das Universidades Públicas, criada pela Alesp. O evento, uma iniciativa do Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (CAASO), presidido pelo estudante de matemática Felipe Streafico, reuniu estudantes, professores e funcionários da USP. A Professora Bebel foi convidada para falar sobre o andamento da CPI, criada para apurar supostas irregularidades na gestão das três universidades: USP, Unesp e Unicamp. A deputada falou sobre a importância da autonomia universitária e ressaltou que a CPI não está desconectada do projeto do governo Bolsonaro, que elegeu a educação como o seu principal alvo. "Para mim, o foco dessa CPI não é investigar, pois o que observamos é um debate moralista e contábil. O que mais se questiona é o salário dos professores. Só que se existe um plano de carreira, é natural que o salário desses profissionais, que ficaram 30, 40 anos pesquisando, acompanhe uma progressão", defendeu. Outra questão citada pela parlamentar foi sobre a dotação orçamentária das universidades, que há anos tem se mostrado insuficiente para garantir a continuidade do seu funcionamento. Percentuais são distribuídos entre as universidades - USP 5,03%, Unesp 2,34% e Unicamp 2,2%, mas, como argumentou Bebel, existe uma perda de recursos na forma de cálculo da aplicação dos 9,57%. Na Alesp, a deputada defende a necessidade do aumento da cota das universidades públicas para 11,6% da receita do ICMS do Estado.