Carlos Giannazi participou, em 3/10, de manifestação contra o fim da Fundação Oncocentro de São Paulo, o maior laboratório público de combate ao câncer do país. A entidade está na mira de Doria, mas, para que seja de fato extinta, é preciso aprovar lei na Alesp. "Tenho certeza de que até mesmo deputados da base governista vão se revoltar contra essa perversidade. O laboratório do Oncocentro é responsável pelo diagnóstico de câncer em amostras enviadas por 540 unidades de saúde do Estado. Desmontar um equipamento público como esse, de alta qualidade e que atende pelo SUS, é um crime lesa-humanidade", afirmou o deputado. Além dos 300 mil exames laboratoriais realizados por ano, a entidade possui uma ala de reabilitação que realiza 5 mil atendimentos anuais a vítimas de câncer que tiveram necessidade de reabilitação protética na cabeça e pescoço. Para esses pacientes, são confeccionadas anualmente 600 próteses, que proporcionam melhor ajuste, auxiliando no resgate da autoestima e da qualidade de vida. "Com seus 45 anos de expertise, é a única instituição paulista a oferecer gratuitamente cursos para citotécnicos e registradores de câncer", afirmou Giannazi. Nos outros Estados, para se obter essa formação é necessário recorrer ao Instituto Nacional do Câncer. "O que a fundação precisa é de mais investimentos, porque muitos dos 89 servidores já vão se aposentar, e é preciso formar novos profissionais", concluiu o deputado.