A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Alesp aprovou a proibição do uso e comercialização de três agrotóxicos (clotianidina, tiametoxam e imidaclopride). O projeto de lei 406/2016, de autoria do ex-deputado Afonso Lobato, ainda vai ser analisado pela Comissão de Atividades Econômicas e pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. O deputado Luiz Fernando Teixeira (PT) parabenizou a comissão. "Só este ano mais de 300 agrotóxicos foram liberados no Brasil. Produtos que são proibidos em outros países estão sendo autorizados. E a Alesp diz: aqui não", ressaltou o deputado. Ainda de acordo com o parlamentar, a proibição dos agrotóxicos protege o meio ambiente e os seres humanos. "É por eles que estamos aqui e hoje são envenenados diariamente pelas multinacionais que produzem esses venenos", destacou. Billings Durante a reunião, foi aprovada uma subcomissão para discutir a qualidade das águas da represa Billings, que abastece grande parte da região metropolitana e da Baixada Santista. O deputado Luiz Fernando, autor da solicitação, afirmou que a subcomissão vai estudar o nível de contaminação da represa. "Estranhamente, de forma irresponsável, no Estado de São Paulo a gente bombeia o esgoto para dentro da nossa caixa d'água. Constantemente o rio Pinheiros é bombeado para dentro da Billings. Queremos saber que água o povo está bebendo. Qual o nível de contaminação e se metais pesados estão contaminando a água", informou, ressaltando que os estudos vão ser feitos em parceria com universidades. Também farão parte da subcomissão os deputados Adalberto Freitas, Márcia Lia e Monica da Bancada Ativista. Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Caio França (PSB), a subcomissão é necessária para descentralizar os trabalhos. "Os deputados terão alguns meses para fornecer um relatório para sabermos a qualidade da água que estamos consumindo", falou o deputado. Um dos itens da pauta foi uma moção de repúdio às declarações do presidente Jair Bolsonaro a respeito das queimadas na Amazônia serem de responsabilidade de ONGs. O deputado Adalberto Freitas (PSL) pediu vista para analisar a moção, de autoria da deputada Marina Helou (REDE). Freitas afirmou que "foram flagradas várias pessoas com caminhões e gasolina tacando fogo. Existe a questão natural do agricultor fazer queimadas". A comissão também aprovou o convite para o vereador Gilberto Natalini comparecer à Comissão de Meio Ambiente para falar de queimadas e desmatamento na capital. Além dos citados, estavam presentes os deputados Bruno Ganem, Márcia Lia, Monica da Bancada Ativista e Reinaldo Alguz.