Comissões votarão moção de repúdio contra a criminalização dos movimentos sociais


06/01/2020 19:47 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

Compartilhar:

Carlos Giannazi (4º à esq.)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-01-2020/fg246225.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Constituída a partir do Ato em Solidariedade aos Movimentos Ambientalistas de Alter do Chão, realizado na Alesp em 17/12, uma frente ampla de ativistas vai apresentar às comissões de Direitos Humanos e de Meio Ambiente uma moção contra a criminalização dos movimentos sociais e em defesa das ONGs que atuam no Pará.

A iniciativa - que conta com o apoio de Carlos Giannazi (PSOL) - veio do multiartista José Roberto Aguilar, pioneiro da videoarte no Brasil e um apaixonado pelo distrito de Santarém famoso por suas praias. Para ele, é clara a intenção de intimidar as organizações sociais para que elas não se oponham à grilagem de terras, crime que se intensificou com o incremento do turismo.

O criminalista Hugo Albuquerque chamou a atenção para um cenário que piora desde 2016, quando se tornou público que as Forças Armadas retomaram seu papel repressivo, com "arapongas" infiltrados nos movimentos sociais. "Se o próprio Estado faz isso, quem vai proteger as pessoas?"

Também advogado, Carlos de Lucca destacou o perigo de se instalar "um AI-5 branco, que impedirá que as pessoas exercitem suas militâncias com base em um terrorismo de Estado".

"A sociedade tem de mostrar repúdio a esse tipo de repressão, que pode efetivamente acabar com o ativismo no Brasil", afirmou Laura Varella, da ONG internacional de direitos humanos Artigo 19. "Os próprios brigadistas [acusados de incendiários] não sabem se vão continuar em Alter do Chão. É a prova de que essa intimidação dá resultado".


alesp