Especulação imobiliária avança sobre mata do Jaraguá


16/03/2020 16:56 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi no plenário JK<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2020/fg247865.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"Como uma empreiteira consegue licença na prefeitura para cortar milhares de árvores, devastando boa parte da vegetação em torno do Pico do Jaraguá, bem ao lado de uma comunidade indígena?" O questionamento sobre a lisura no licenciamento urbano foi feito por Carlos Giannazi (PSOL) na tribuna da Alesp, em 10/3, como forma de chamar a atenção para o impasse surgido no Jaraguá. Naquele exato momento estava havendo uma negociação entre a tropa de choque da PM e a comunidade Guarani Mbya, que havia ocupado o canteiro de obras da construtora Tenda.

Desde o final de janeiro, quando houve a derrubada de 4 mil árvores nativas para abrir espaço a um condomínio de 11 torres, os vizinhos guarani acampavam no terreno na esperança de impedir a obra. Eles alegam que o empreendimento causará impacto sobre suas vidas, por isso deveriam ter sido consultados, conforme determina a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Depois de terem os pedidos de suspensão da reintegração negados pela Justiça, e com a intermediação de vereadores " entre eles Celso Giannazi (PSOL) ", os indígenas deixaram o local pacificamente, transferindo seu acampamento para a entrada do terreno. Eles permanecerão lá até que haja negociação com a construtora.

Além do embate popular e no Judiciário, Celso Giannazi apresentou na Câmara Municipal um pedido de CPI para apurar como se deu o licenciamento ambiental do desmatamento, já que beneficia exclusivamente a especulação imobiliária

alesp