Governo retira direitos dos servidores e agrava defasagem salarial

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27/04/2020 16:19 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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"Um agente de organização escolar ganha R$ 1.024. Vão tirar mais o quê?" A pergunta de Sonia Regina reflete sua indignação ante o eufemisticamente chamado "pacote de austeridade" de Doria, que suspende os poucos benefícios dos funcionários públicos, como antecipação do 13º salário, pagamento do terço de férias e bônus por resultados. Também estão suspensos, para quem realiza teletrabalho, os auxílios alimentação e transporte.

Junto com centenas de trabalhadores, Sonia participou por chat, em 17/4, da videoconferência realizada pelos parlamentares do PSOL Carlos Giannazi e Celso Giannazi, cujo convidado foi José Gozze, presidente da Pública - Central do Servidor. O sindicalista, que tem como base os funcionários do Judiciário, foi o primeiro a denunciar corte do auxílio alimentação. "É como se quem trabalha em casa não tivesse necessidade de se alimentar", ponderou, lembrando que os aposentados também são prejudicados com esse corte.

Apesar de tantos reveses sofridos pela categoria, Gozze acredita que o serviço público sairá fortalecido da pandemia, já que a população começou a perceber com quem realmente pode contar. "Executivo e Legislativo vinham há anos fazendo do servidor o bode expiatório da crise. Isso vai mudar!"

Também à frente da Associação dos Servidores do TJ (Assetj), Gozze reclamou da falta de EPIs para assistentes sociais, psicólogos e oficiais de Justiça, que trabalham em campo. Também pediu a restrição dos mandados apenas a casos urgentes.


alesp