Para educadores, EaD no EJA é engodo político-pedagógico

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29/04/2020 15:36 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi com alunos quando visitaram a Alesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2020/fg248688.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Para o professor Lima e João Batista, o contato com os estudantes de Educação de Jovens e Adultos (EJA) deve ser mantido durante a pandemia, mas sem contar como período letivo. "Cada comunidade deve ter autonomia para pensar na melhor maneira de ajudar esses alunos a enfrentar a quarentena." Junto às educadoras Vitória Keiko e Franciele Lima, ele participou de live promovida em 21/4 pelo deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL).

Educadores e parlamentares temem que a crise seja usada para implantar permanentemente o EaD nesses cursos, aumentando ainda mais a exclusão. "Não é de hoje que pretendem nos empurrar goela abaixo esse engodo político-pedagógico", disse Vitória, relatando que houve uma proposta nesse sentido ainda durante o governo Dilma.

Também foi repudiada a redução salarial que está sendo imposta ao magistério do Estado e do município de São Paulo, com o corte de vários direitos e benefícios. Os professores de EJA são os mais atingidos com o não pagamento de adicional noturno para quem está trabalhando de casa. Isso está fazendo com que muitos profissionais solicitem o uso de computadores nas escolas, opção que não acarreta perda do adicional.

A live foi iniciada com um minuto de silêncio em homenagem a Valéria do Nascimento, professora municipal morta por Covid-19. "Ela foi vítima da irresponsabilidade criminosa da gestão Bruno Covas, que está mantendo servidoras nas escolas sem nenhuma necessidade", afirmou o deputado, que já havia denunciado a situação ao MP.


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