Alesp repudia ataques racistas direcionados a vereadora de Campinas

Moção que será apresentada pelo Parlamento paulista também vai exaltar defesa de vereadores
10/11/2021 12:57 | Legislativo paulista | Leonardo Ferreira - Foto: Arquivo Agência Alesp/ Câmara Municipal de Campinas

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Plenário Juscelino Kubistchek <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2021/fg277945.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paolla Miguel<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2021/fg277944.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlão Pignatari<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2021/fg277946.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Plenário Juscelino Kubistchek<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2021/fg277947.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Plenário Juscelino Kubistchek<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2021/fg277948.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo repudiou, nesta terça-feira (9/11), os ataques racistas sofridos pela vereadora Paolla Miguel, de Campinas, na última segunda-feira (8/11), enquanto discursava na Tribuna da Câmara Municipal. O presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari, determinou a elaboração de uma moção de repúdio e de congratulação aos vereadores que defenderam a parlamentar municipal no episódio.

Paolla Miguel falava sobre a importância do Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra, que estava em votação definitiva naquele momento, quando ocorreu o ataque verbal, vindo de um grupo de manifestantes que estava presente desde o início da sessão protestando contra o chamado passaporte da vacina. As ofensas causaram grande indignação entre os vereadores da Casa, que tentaram identificar o autor enquanto Paolla tentava terminar o discurso.

Carlão Pignatari demonstrou seu repúdio ao ataque durante a sessão extraordinária desta terça. "Precisamos manifestar nosso repúdio à essa atitude. Racismo e injúria racial são inaceitáveis, é crime, intolerável e inafiançável. Não podemos confundir, de maneira alguma, crimes e ataques com liberdade de expressão. Em nome de todo o Parlamento paulista, como presidente desta Casa, apresentaremos uma moção em repúdio ao ocorrido", disse o presidente da Assembleia Legislativa paulista.

O parlamentar destacou ainda a necessidade de punição exemplar contra os que cometeram a injúria. De acordo com o presidente do Parlamento, ainda serão realizadas homenagens aos vereadores, que no momento do ocorrido se manifestaram contra as injúrias. "Precisamos reconhecer pessoas que lutam em prol do cumprimento da lei, além de repudiar atos racistas é importante também valorizarmos aqueles que se manifestam contrários e não deixam brechas que pra que tal atitude continue ocorrendo nos dias de hoje", afirmou.

Outras manifestações

Deputados e deputadas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo também repudiaram os ataques sofridos pela vereadora campineira. A deputada Professora Bebel (PT) prestou solidariedade à parlamentar, destacou a necessidade de ações da Alesp em repúdio ao ocorrido e falou sobre a pluralidade no Estado. "A cada dia estes fatos têm acontecido. Mais que a solidariedade, vamos nos mobilizar e dizer que no Estado de São Paulo, convivem pretos, indígenas e é inadmissível que uma vereadora, dentro de uma casa de lei, seja chamada de preta lixo", disse.

Em suas redes sociais, a deputada Leci Brandão (PC do B) repudiou o ocorrido e se solidarizou com Paolla Miguel. "Estas pessoas estão cientes, há muito tempo, de que racismo é crime, e se ficarem impunes a justiça estará deixando de cumprir com sua função", disse.

O vereador Zé Carlos, presidente da Câmara de Campinas, determinou que sejam analisados todos os vídeos - tanto de segurança quanto da TV - e áudios da sessão na tentativa de identificar responsável ou responsáveis pela injúria racial.


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