Neste 8 de março, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, a boa notícia é que as mulheres estão cada vez mais se tornando protagonistas nos diversos setores de nossa sociedade. Várias mulheres têm se sobressaído na direção e nos mais diversos cargos em empresas e sociedades, públicas e privadas, demonstrando o quanto elas podem ser tão ou mais competitivas que os homens quando se trata de comprometimento, trabalhar duro e alcançar resultados. A má notícia é que essa realidade vem mudando a passos de tartaruga, apesar de muita luta, obstinação e esperança para que as mulheres alcancem um patamar de igualdade com os homens, em todas as áreas. Essa desigualdade está presente também na política onde a ampliação dos quadros femininos é vital para a formulação de mais políticas públicas voltadas para esse grupo ajudando a diminuir as desigualdades de gênero. Apesar dos avanços, nas últimas eleições foram eleitas no Brasil apenas 669 prefeitas (12%), contra 4.763 prefeitos (88%). Nas câmaras municipais elas ocupam 16% do total de cadeiras, número que se assemelha à representação na Câmara dos Deputados (15%) e no Senado (14%). A situação no Estado de São Paulo não é diferente. Na Assembleia Legislativa, do total de 94 deputados e deputadas, apenas 20% dos meus pares são mulheres. Já nos 645 municípios de nosso Estado, as prefeitas somam 10%, as vice-prefeitas, 17,7% e, dos 6.962 vereadores, apenas 15,6% são mulheres. Analisando os diversos levantamentos e estatísticas, com exceção do magistério no ensino básico, onde 8 em cada dez professores são mulheres, o que acontece no ambiente político reflete a baixa representatividade feminina na sociedade e no mercado de trabalho como um todo. Além disso, a dupla jornada de trabalho, caracterizada pelos afazeres domésticos, além de dificultar a inserção das mulheres no mercado, traz limitações mesmo para aquelas que conseguem se inserir. Pesquisa do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostra que a conciliação da dupla jornada - emprego e afazeres domésticos, fez com que, em 2019, cerca de um terço das mulheres tivesse que trabalhar apenas em tempo parcial, ganhando menos do que deveriam. Esse levantamento também apurou que as mulheres que trabalham e cuidam dos lares, dedicaram 21,4 horas semanais nos afazeres domésticos, quase o dobro do tempo dos homens. Nosso partido, o PODEMOS, é um exemplo, pois temos como Presidente a Deputada Federal Renata Abreu. Sua administração tem realizado um excelente trabalho na ampliação e participação de nossa legenda no cenário nacional. Apoiar as causas femininas é um dos objetivos de meu mandato. Elaborei um Projeto de Lei, que está em aprovação na Alesp, para que a REFEMA - Rede Voluntária Feminina de Combate ao Câncer, do município de Mauá - SP seja declarada de Utilidade Pública. Só assim poderá receber recursos provenientes do Estado para custear e ampliar suas atividades em prol de pacientes socialmente vulneráveis e portadores de câncer. Destinei emendas para o Projeto "Anjo da Guarda da Mulher", da Prefeitura de Santa Bárbara d?Oeste, para a aquisição de duas viaturas que vão garantir ainda mais proteção às mulheres do município contra a violência e o assédio. O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, CAISM, importante área hospitalar da UNICAMP, dedicada exclusivamente à saúde das mulheres, também recebeu recursos para custeio das atividades médico-assistenciais da Entidade. Por minha iniciativa a Carreta do Programa "Mulheres de Peito" esteve no município de Osasco, no final de 2019, para realizar gratuitamente exames de mamografia. Fui um dos signatários da PEC - Proposta de Emenda à Constituição nº 5/2020 que proíbe a nomeação de condenados pelos crimes dolosos de lesão corporal contra a mulher, bem como por aqueles praticados contra sua honra e liberdade pessoal, para cargos públicos. Mas reconheço que há muito por fazer para garantir o acesso das mulheres a postos de trabalho e cargos elegíveis, promover melhores salários, efetivar o direito da mulher sobre o seu próprio corpo, sua liberdade individual e proteger as mulheres ameaçadas em seus cotidianos. Os desafios são grandes, mas não são impossíveis. Quanto mais aliados abraçarem as causas femininas, mais rápido teremos a efetivação de uma sociedade mais justa e igualitária.