Propostas da juventude periférica de SP são ouvidas na Alesp

Demandas sobre Segurança Pública e Educação são parte final do projeto 'Agenda Juvenil', realizado pelo Instituto Sou da Paz e apoiado pela deputada Marina Helou (Rede)
10/05/2023 16:08 | Violência | João Pedro Barreto, sob supervisão de Cléber Gonçalves - Fotos: Rodrigo Romeo

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Evento de encerramento da Agenda Juvenil<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2023/fg300483.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Evento de encerramento da Agenda Juvenil<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2023/fg300484.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dep. Marina Helou (Rede)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2023/fg300485.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carolina Ricardo, Instituto Sou da Paz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2023/fg300486.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo sediou, na noite desta terça-feira (09), o evento de encerramento do projeto 'Agenda Juvenil de Prevenção à Violência Letal contra a Juventude Negra', realizado pelo Instituto Sou da Paz. O encontro foi convocado pela deputada Marina Helou (Rede), que participou e disponibilizou emenda parlamentar para a realização do projeto.

Durante os 14 meses do programa, o instituto realizou atividades com a juventude de três regiões de São Paulo com o objetivo de ouvir suas opiniões sobre a violência urbana que os atinge. Grupos com cerca de 20 jovens dos bairros de São Mateus e da Brasilândia e da Fundação Casa da Vila Maria se envolveram em rodas de conversa e oficinas culturais, com atividades como poesia, rima, música, produção audiovisual e grafite.

Em cada região, o ciclo, que durava dois meses, apresentava aos jovens um cardápio de temas sobre segurança pública, para que eles escolhessem o que queriam discutir. Ao final do ciclo, os grupos elaboraram propostas de leis e políticas públicas sobre Segurança Pública e Educação que foram reunidas e apresentadas ao Parlamento Paulista durante o evento.

"A ideia desse encontro de hoje é mostrar aos tomadores de decisão, aos deputados, aos secretários, que quem está vivendo o problema na ponta também tem o que dizer, também tem caminhos para sugerir", afirmou Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. Carolina ainda enfatizou que o grupo não quer que a entrega das sugestões desses jovens seja meramente formal, mas que, de fato, possa subsidiar a produção legislativa no Estado.

Juventude ativa

A deputada Marina Helou discursou sobre o trabalho de seu mandato e do Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, do qual é presidente, na área da Segurança Pública e da violência contra a juventude periférica de São Paulo. Segundo ela, é notável que essa violência atinge os jovens paulistas de forma desigual e, por isso, as ações nessa área devem ser focalizadas para transformar essa realidade.

Todavia, a parlamentar enfatizou, sobretudo, a importância de projetos, como o 'Agenda Juvenil', que estimulam a participação de quem sofre essa violência diariamente. "Temos que garantir que vocês [jovens] possam participar dessa agenda. Vocês estão aqui, hoje, nas cadeiras onde os deputados debatem, porque construíram políticas públicas e merecem, vocês e toda sua comunidade, se enxergar como deputados", destacou.

Gabriel, jovem de 19 anos que participou do programa na etapa da Fundação Casa de Vila Maria, contou, com entusiasmo, a sua experiência com as atividades propostas pelo Instituto Sou da Paz e a aceitação do projeto por parte dos outros jovens do centro socioeducativo.

"Apareceu uma oportunidade de enxergar o mundo de forma diferente. A gente começou a abordar várias situações que a gente vivenciava dentro das periferias e todo mundo que estava naquela situação começou a interagir. Nós enxergamos aquilo como uma oportunidade de conhecimento e de ter possibilidade de combater essa realidade por meio das propostas que a gente montou", disse.


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