Alesp sedia audiência pública contra as privatizações

O debate contou com presença de servidores públicos, sindicatos e parlamentares
21/09/2023 18:04 | Audiência Pública | Jaqueline Fervolli | Foto: Larissa Navarro

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A Assembleia Legislativa de São Paulo sediou, na noite da última quarta-feira (21), uma audiência pública contra as privatizações no Estado de São Paulo. Realizado no Plenário Dom Pedro I, o evento foi solicitado pela deputada Paula da Bancada Feminista (Psol) e contou com a presença do deputado Eduardo Suplicy (PT), Guilherme Cortez (PSol), Emidio de Souza (PT) e Simão Pedro (PT).

"Eu acredito na Administração Pública", destacou o deputado Eduardo Suplicy, que enalteceu a realização do debate e também reforçou o plebiscito contra as privatizações lançado recentemente.

A deputada Paula também frisou a importância de ações conjuntas. "É fundamental que a gente consiga dar um recado unificado e conjunto, e é isso que essa audiência pública significa", disse. Ela ainda acrescentou que a luta contra as privatizações do Estado de São Paulo é uma das principais oposições ao Governo.

Reforçando a pauta, o deputado Guilherme Cortez também deixou seu recado. "O único caminho pra gente resistir é a unidade". Ele elogiou a criação do plebiscito em defesa das empresas públicas e deu exemplos de privatizações no mundo nos quais as tarifas aumentaram e não aconteceu a universalização dos serviços. "Serviço público é essencial, pois é ele que garante o acesso da população que mais precisa", argumentou.

Segundo o deputado Emídio de Souza, o projeto do Executivo deve chegar em breve à Assembleia. "Nós estamos num momento-chave desta luta", disse.

O deputado Simão Pedro também trouxe uma visão comparativa. "A gente sabe que o serviço de saneamento que muitos países privatizaram estão sendo reestatizados", completou.

Também foi destacada na audiência uma greve no dia 3 de outubro, aprovada em assembleia, pelos ferroviários e metroviários em mobilização sobre o tema.

A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, ressaltou que a decisão dos trabalhadores do metrô pela greve aconteceu naquele momento. "Só a luta aqui não basta. A mobilização dos trabalhadores é fundamental".

Audiências públicas contra as privatizações acontecerão em Franca, Jandira, Registro e Itapevi.


alesp