Opinião: 'Saidinha' de presos: menos ideologia, mais racionalidade
22/02/2024 17:56 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Rafa Zimbaldi
O Senado votou e aprovou, nesta semana, o Projeto de Lei (PL) 2.253/2022, que acaba com a saída temporária de presos condenados em datas comemorativas e feriados, a "saidinha". Ficam mantidas apenas as liberações, com período determinado, para detentos inscritos em cursos profissionalizantes ou nos ensinos médio e superior, e, ainda assim, somente pelo tempo necessário para a realização destas atividades.
A questão, no entanto, ainda não está encerrada. Como o PL passou por alterações no Senado Federal, voltará para nova análise na Câmara dos Deputados. Trata-se de tema extremamente relevante, com atenção polarizada, tal qual futebol, com dois times, os contrários e os favoráveis.
Em que pese o apelo popular e a polarização, não é produtivo que o tema se torne uma agenda política e ideológica de direita ou da esquerda. A questão é social e muito mais importante e ampla. Fato é que, o poder público não pode ter o mesmo olhar para todos os presos.
A sociedade vinha clamando há tempos por mudanças urgentes em torno deste tema. Porém, apenas extinguir a saída de presos não garante a redução da violência, embora haja claro registro de crimes por parte dos beneficiados pelas saídas temporárias, e não de hoje.
Em São Paulo, de 23 de dezembro de 2023 até a primeira semana de janeiro de 2024, cerca de 700 detentos beneficiados pela saída temporária foram presos, novamente, cometendo crimes. Em 2023, aqui no estado, no total, 33 mil detentos foram favorecidos pela "saidinha".
Como deputado estadual e membro da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), destaco que, além das estatísticas sobre o tema, o que não pode ser negligenciado é o fato de que existem, sim, os presos que desejam, de fato, se ressocializar, e valorizam a oportunidade das "saidinhas" para conviverem por alguns dias com os seus familiares; ou ainda se dedicarem aos estudos e cursos profissionalizantes.
Evidentemente, também há presos mais perigosos e mal intencionados, que usam o direito à saída temporária para cometerem crimes, e, justamente em razão disso, não voltam à detenção, desobedecendo, assim, a lei.
A partir da análise sobre todo o espectro que engloba a legislação, oportunidade de reconstrução da vida, direito da sociedade de viver em segurança e critério para que haja liberação das saídas temporárias de presos, é que a discussão do PL 2.253/2022 se torna de extrema urgência.
Com o texto votado no Senado, o preso só terá direito à "saidinha", para os estudos, se comprovar, por meio de exame criminológico, ter autodisciplina, baixa periculosidade e senso de responsabilidade.
O benefício, afinal, precisa estar condizente com o comportamento de cada um e o exame criminológico terá papel fundamental. Desta forma, com base em critérios técnicos, cada preso será responsável pela perda ou merecimento da "saidinha". Assim, nos afastamos do julgamento ideológico tendencioso que tem permeado este debate, indiscutivelmente importante e urgente para a sociedade brasileira.
Notícias relacionadas
- Deputada recebe Título de Cidadã Miguelopolense
- UFSCar concede título de Doutora Honoris Causa a deputada em reconhecimento à sua trajetória
- Deputada envia UTI Móvel para fortalecer serviço de socorro em Franca
- Deputado visita cidade de Votorantim acompanhado do irmão de ex-presidente da República
- Deputado solicita pavimentação de estrada que liga Guaraçaí e Junqueirópolis
- Pioneiro, estado de São Paulo avança na proibição de teste em animais
- Projetos e ações as entidades sociais e assistências é pauta de reunião na secretaria estadual de Desenvolvimento Social
- Opinião - Uma queda de braço que pode custar vidas em Osasco
Notícias mais lidas
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Deputado pede ao MP prisão de participante de 'A Fazenda' por ameaça e maus tratos contra enteado
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- Seduc pretende substituir professores de educação especial por cuidadores sem formação
- Com aprovação da Alesp, estado de São Paulo pode aderir ao Propag
- Delegada Raquel Gallinati toma posse como deputada na Alesp
- Alesp aprova e estado de São Paulo passa a ter 78 estâncias turísticas
- Projeto que dá direito à merenda escolar a profissionais da educação avança na Alesp
- Mudança de regras no repasse do ICMS para a Educação dos municípios é aprovada na Alesp
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações