O objetivo é avaliar a qualidade dos produtos de cannabis medicinal utilizados no estado de São Paulo, por meio de análises laboratoriais, até o limite de 300 amostras

Selecionada no edital de emendas da Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial em 2023, com um recurso de R$ 180 mil, a Unicamp inicia a fase de inscrição de sua pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética, na próxima segunda-feira, dia 27, que tem como público-alvo as associações de pacientes que cultivam cannabis para fins medicinais e pacientes que realizam o autocultivo. Para participar, em ambos os casos, os inscritos precisarão comprovar que possuem autorização judicial para o plantio. O período para preenchimento dos formulários de pesquisa segue até o dia 28 de fevereiro.

Após o preenchimento dos formulários, um destinado às associações disponível em: https://forms.gle/6fYwgoSEtYMYwAaAA e o outro exclusivamente aos pacientes que realizam o autocultivo, disponível em: https://forms.gle/VjyXiTFwYDBrCQfMA, as inscrições serão avaliadas por uma comissão composta por pesquisadores da Unicamp com a colaboração das assessorias dos deputados estaduais Caio França (PSB) e Eduardo Suplicy (PT), idealizadores do chamamento público que vem financiando projetos sobre cannabis medicinal e cânhamo industrial por meio da destinação de emendas impositivas individuais. Dúvidas em relação ao questionário podem ser sanadas pelo e-mail cannabis.medicinal@unicamp.br .

Os participantes selecionados pela pesquisa ficarão responsáveis pelo envio/entrega do material para análise no Laboratório de Toxicologia Analítica da Unicamp. Os resultados serão disponibilizados de maneira individual para os participantes através do acesso a um sistema online. Na divulgação dos resultados do estudo, a Unicamp assegura que todos os participantes terão o sigilo e a privacidade preservados. A identidade e as informações serão mantidas em sigilo.

O pesquisador responsável, professor José Luiz da Costa, explica que o objetivo da pesquisa é avaliar a qualidade dos óleos e extratos produzidos no estado por meio da análise do perfil de canabinoides, terpenos, solventes residuais, micotoxinas e praguicidas. "A partir do resultado dessa pesquisa, a ideia é poder contribuir para a melhoria do processo produtivo, assegurando o acesso a produtos mais seguros e eficazes", destacou.

O deputado estadual Caio França, coordenador dos trabalhos da Frente Parlamentar, ressaltou a importância da participação das associações espalhadas pelo estado de São Paulo e dos pacientes nesta pesquisa que está sendo financiada com recursos públicos. "A Unicamp já tem tradição na análise de amostras de óleos produzidos por associações. É uma grande oportunidade de reunirmos o maior número de amostras possível, tanto de associações quanto de pacientes que têm autorização para cultivar diante da necessidade de avaliação da qualidade dos produtos que estão sendo utilizados pela população", finalizou.