Em 18/3, Carlos Giannazi (PSOL) realizou um ato solene, no ambiente virtual da Alesp, defendendo a chamada imediata dos candidatos aprovados em concurso público, especialmente na área da saúde. O evento aconteceu poucos dias após o secretário Jean Gorinchteyn ter feito um apelo, em programa de televisão, para recrutar trabalhadores voluntários. Não há falta de mão de obra qualificada. Apenas no último concurso realizado para o Hospital de Heliópolis, há 834 enfermeiros aptos a começar a trabalhar imediatamente. Entretanto, mesmo existindo centenas de cargos vagos, o Estado deu posse a apenas sete deles. Outros 195 profissionais chegaram a assinar termo de anuência para assumir postos em hospitais diversos, mas nem assim foram nomeados. Conforme relatou o enfermeiro Nilson Silva, quando sobreveio a pandemia, todas as convocações foram convertidas em propostas de trabalho temporário, cujos contratos expiraram em abril. Membro da Comissão Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (Conatenf), Jefferson Caproni ressaltou que as horas extras e excesso de pacientes estão levando esses profissionais à exaustão, tornando-os ainda mais suscetíveis aos sintomas do coronavírus. Voltado à assistência dos servidores estaduais, o Iamspe tem 1.691 cargos vagos e vários concursos em vigor, mas, em vez de convocar efetivos, o governo mantém contratos com 23 empresas que atuam dentro das instalações do HSPE.