Notas do Plenário


06/10/2008 18:15

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Ditadura econômica



Ao comentar as recentes eleições municipais, Carlos Giannazi (PSOL) disse que elas mostraram "que a força do poder econômico, a privatização das campanhas eleitorais, além do fisiologismo e clientelismo político infelizmente ainda predominam, o que depõe contra a construção de um Estado de Direito e de uma sociedade justa". Além disso, continuou o deputado, "há também o uso das máquinas, tanto partidárias quanto da administração pública, que são colocadas a serviço das candidaturas, o que levou à reeleição de diversos prefeitos". (MF)



Ressaca eleitoral



Olímpio Gomes (PV) desejou felicidades aos que "as urnas disseram ser merecedores da confiança da população", mas questionou se o processo eleitoral levou à escolha dos melhores quadros. Gomes citou que nas contas dos candidatos alguns gastos não aparecem, como a contratação de pessoas para "agitar bandeiras" nas esquinas. Ele ainda elogiou a atitude do cidadão Pedro que, perto de um local de votação na zona norte da Capital, varria voluntariamente os "santinhos" de diversos partidos que foram jogados no chão "para tentar pegar incautos", segundo Olimpio, "uma forma nojenta e porca de tentar induzir eleitores". (MF)



Problemas do funcionalismo



"Todos os servidores estaduais estão descontentes com a política salarial do governador", disse Carlos Giannazi (PSOL), lembrando que não é concedido reajuste há 13 anos, o que levou a diversas mobilizações, como a da Polícia Civil. Nesse caso, especificou o deputado, o governo mais uma vez mostrou sua intransigência ao não dialogar e não repor as perdas salariais, e também truculência, ao perseguir servidores transferindo-os compulsoriamente. Giannazi lamentou que a população usuária dos serviços públicos fique à mercê dessa situação, e que, além dos baixos salários, os funcionários sofram com a falta de condições de trabalho. (MF)



Insensatez



O deputado Olimpio Gomes (PV) falou sobre o 18º dia do movimento da Polícia Civil, que reivindica melhores condições salariais e de trabalho, e da "insensatez" do governo do Estado em não conversar com a categoria. O deputado lamentou que pessoas na polícia, que ocupam cargos de confiança por indicação do Executivo, tentam pressionar seus subalternos contra o movimento. "O governador é pessimamente assessorado." (LP)



Alternância



Ao explicar a "alternância" de Carlos Giannazi (PSOL) e Olímpio Gomes na presidência dos trabalhos em plenário, Giannazi disse que 27 deputados haviam assinado a lista de presença na Casa, mas apenas dois estavam no plenário. O deputado ratificou sua posição com relação aos movimentos sociais. "Continuaremos nossa cruzada porque essa é uma de nossas funções." Outros assuntos abordados foram a Carteira de Previdência do Ipesp, que será extinta em 2009, e o requerimento para a CPI da Segurança Pública, que tem 23 das 32 assinaturas necessárias para sua instalação. (LP)



Contrato permanente



"Esse é um quorum altíssimo para uma segunda-feira. Nós três temos contrato com a TV Assembléia para que ela continue a funcionar", declarou Adriano Diogo (PT). O deputado teceu algumas considerações sobre o projeto do Executivo que proíbe o fumo, PL 577/2008. "O projeto é de tal radicalidade que até nos cultos religiosos está proibido o uso de produtos fumígenos." (LP)



Morosidade



O deputado Olimpio Gomes (PV) lamentou que o PL 133/2006, que dispõe sobre o apostilamento de Títulos de Praças da Polícia Militar do Estado no posto de 2º Tenente PM, do deputado Salim Curiati, ainda encontra-se na Casa, um mês após sua aprovação. "Trata-se de um projeto que tenta reparar uma grande injustiça". Segundo Olimpio, a demora representa mais um golpe contra a família policial militar que não está participando da greve. (SM)

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