Nestas próximas semanas, vamos conhecer um pouco mais sobre as expectativas dos principais personagens do legislativo estadual paulista para os próximos quatro anos: os deputados. Depois de seis meses de mandato, o que será que eles esperam? Em quem eles se inspiram? Quais as prioridades de cada gabinete? A entrevista desta edição é com o deputado Paulo Corrêa Jr. Últimos meses Na renovação do mandato, me senti uma criança com novos desafios e novos coleguinhas (risos). É um mandato que renova as nossas forças e o nosso jeito de querer trabalhar. Mas eu vejo tudo isso com grande expectativa, principalmente porque o governador João Doria tem uma forma dinâmica de trabalho e está tratando das coisas tecnicamente, com muita praticidade. Para nós, deputados, isso tem facilitado bastante na interlocução com os municípios e na questão das emendas também. Acho que os novos deputados estão começando a entender que a discussão não é só ideológica e que a gente não pode ficar perdendo tempo única e exclusivamente com esses assuntos. A nossa prioridade e maior preocupação deve ser com a saúde, com a educação, com o esporte, o lazer, a cultura. Este é o diálogo diferenciado e acho que ele faz parte do amadurecimento do mandato. Projetos, legado e futuro O que esperamos deixar de legado são projetos que mexam com a vida e com o cotidiano das pessoas. Acabamos de aprovar um projeto de lei que o governador sancionou sobre o resgate nas estradas. A proposta permite a condução de pessoas atendidas pelo resgate para estabelecimentos de saúde privados. O objetivo desta lei é deixar o paciente escolher, desde que esteja lúcido, para onde deseja ser levado. Isso vai desafogar os hospitais públicos e vai salvar vidas. Este é o legado que a gente quer deixar: o de como ajudamos o sistema público a ajudar as pessoas. Inspiração e referências Eu acho legal a fama do meu avô, João Alves Corrêa, que nunca foi político, mas é uma grande inspiração para mim pela força de vontade e determinação. Um cara batalhador, que não tinha muito estudo e chegou à cidade de Santos para presidir uma igreja. De três igrejas que ele assumiu, ele deixou 600. Percorreu pelo litoral, pela Baixada Santista, pelo Vale do Ribeira e parte do interior. Essa é uma grande referência, de um homem empreendedor, que viajava muito e extremamente determinado.