Nestas próximas semanas, vamos conhecer um pouco mais sobre as expectativas dos principais personagens do legislativo estadual paulista para os próximos quatro anos: os deputados. Depois de seis meses de mandato, o que será que eles esperam? Em quem eles se inspiram? Quais as prioridades de cada gabinete? A entrevista desta edição é com o deputado Sebastião Santos. Últimos meses Neste período discutimos na Alesp muitas posições pessoais, enquanto a população está passando necessidade e precisando de educação, de saúde, de segurança. Quando falamos dos 375 municípios que eu trabalho e onde tive voto, já ouço por parte de muitos cidadãos o arrependimento. O camarada chega aqui com 2 milhões de votos e acha que é o tal, mas aqui na Assembleia ele é só um e vai ter que construir sua estrutura com os outros 93. Se não fizer isso vai ficar sozinho. Pergunto: quais foram as construções dos 94 deputados mediante a estrutura do Legislativo? Não houve, foram paralisadas. Discutir um projeto inconstitucional durante seis horas é redundante. Quando você pega muitas das leis aprovadas nas últimas semanas, elas já nascem com veto. Quem perde com isso é o povo, pois ele não tem seu representante lá na ponta. A Assembleia Legislativa, infelizmente, não tem discutido propostas para a população, está se propondo a discutir o que o governo está mandando para cá e o que já foi definido por ele. Projetos, legado e futuro Nosso trabalho é pelo Estado inteiro. Nós priorizamos qualquer coisa que possa ajudar a população. Definimos - eu e minha assessoria - que vamos trabalhar para colocar energia renovável fotovoltaica para as santas casas, hospitais municipais e regionais. Como exemplo: um hospital de base gasta R$ 850 mil de energia por mês. São recursos que não vão para o atendimento da população, e sim para uma empresa. Hoje temos a possibilidade de colocar lá equipamentos, placas fotovoltaicas, transformadores que são geradores. Vou fazer um trabalho de convencimento com o governador para que ele possa aportar recursos que custeiem esta energia. Dessa forma, atenderemos melhor as pessoas. E vamos trabalhar na geração de emprego e renda. A partir do momento que a pessoa tem um emprego, ela tem parte de seus problemas já resolvidos. Se eu tenho um emprego, e eu preciso comprar um remédio, eu compro e não preciso ir até a fila do ambulatório municipal pegar aquele remédio. Se eu tenho um emprego, eu não preciso ficar preocupado em pedir favor para o Estado e município. Por isso, estamos conversando muito com empresas internacionais e países que possam desenvolver empreendimentos no Estado. Inspiração e referências Jesus Cristo é a minha inspiração e maior referência. Há 2019 anos ele consegue tirar o traficante do tráfico, a prostituta da prostituição, consegue reinserir o desempregado no mercado, consegue unir famílias, consegue dar vida a quem não tem vida. É uma política de construção do ser humano. Todos esses anos, mesmo morrendo e ressuscitado, ninguém apaga o exemplo que Jesus nos deixou. Se nós seguirmos com este exemplo, vamos aprender literalmente tudo na vida. Ser bom com outra pessoa é o segundo mandamento: "amar ao próximo como a ti mesmo". Eu não quero a minha filha passando fome, então eu não quero a outra pessoa passando fome ou alguém sendo maltratado, agredido ou usando drogas. Tudo isso se baseia em um ponto chave: olhar a vida de Jesus na Terra e o seu legado para todos nós na eternidade, ele é exemplo para tudo. Tudo se copia daquilo que está sendo feito pela natureza há milhares de anos.