Durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na Fundação para o Remédio Popular realizada na última terça-feira (17/9), os deputados que integram esse grupo de trabalho ouviram o ex-secretário estadual da Saúde. Giovanni Guido Cerri disse que o governo estadual não teria facilidade para encontrar um comprador para a Furp. "Acho difícil, dentro do mercado atual, alguém querer comprar a Furp. Uma das possibilidades é o encerramento das atividades da entidade ou fazer uma parceria com algum grupo que se disponha a assumir a produção da Furp. A fábrica precisaria de grandes investimentos para ser modernizada e por isso não teria um mercado fácil." Giovanni Guido Cerri disse que caso o governo feche a Furp deve buscar alternativas para a produção de alguns medicamentos. "Alguns dos medicamentos terão que ser produzidos pela iniciativa privada ou outros laboratórios públicos do Brasil. Existem medicamentos que são essenciais para a população e pelo baixo custo dificilmente são produzidos pela iniciativa privada. Acho que isso tem que ser resolvido antes de fechar uma fábrica do Estado: um levantamento de quais os medicamentos são produzidos pela Furp e se existem laboratórios que consigam manter essa produção." O presidente da CPI, deputado Edmir Chedid (DEM), criticou a falta de comprometimento de todas as partes para solucionar os problemas da Fundação para o Remédio Popular. "O que nos deixa indignados é que na hora de construir a fábrica todos atuam em conjunto, diversas secretarias, o consórcio da construção e até mesmo o governador da época, na hora de fazer a PPP foi tudo realizado da mesma forma. Mas na hora de solucionar os problemas e resolver o prejuízo que está sendo causado ao Estado ninguém resolve." Além do deputado citado, estiveram presentes: Agente Federal Danilo Balas, Alex de Madureira, Beth Sahão, Carlão Pignatari, Cezar e Ricardo Madalena.