Nesta quarta-feira (18/9) a CPI que investiga possíveis irregularidades na Fundação para o Remédio Popular foi pela segunda vez a fábrica que fica na região metropolitana de São Paulo. A visita partiu do convite feito pela Comissão de Funcionários da Furp, com o objetivo de atestar a importância da instituição para a saúde pública do país. Segundo a gerente de assistência farmacêutica da fundação, Maria José, hoje são atendidos cerca de 18 milhões de habitantes. "Nossa intenção hoje é mostrar que a Furp é viável e é importante para o Sistema Único de Saúde, para a população do Brasil, porque nós fornecemos medicamentos para o país todo". A gerente disse ainda que produção da unidade de Guarulhos foi atingida por causa Parceria Público-Privada da fábrica de Américo Brasiliense, gerando uma queda de 44% na produção. "Isso aumenta o custo da produção, aumenta a nossa ociosidade na fábrica e impacta diretamente no preço do produto", explicou. A deputada Beth Sahão (PT) representou a CPI no encontro e disse que o modelo da PPP foi fracassado e contribuiu para o desequilíbrio da produção da fundação, mas que a instituição tem um papel relevante para a saúde pública. "Eles tem uma vasta produção, são 44 tipos de medicamentos que são fundamentais no tratamento da saúde da população, em especial da população de baixa renda". A deputada Janaína Paschoal (PSL) não faz parte da CPI, mas visitou a fábrica em Guarulhos e participou do debate com os funcionários. A parlamentar integra a Comissão de Saúde da Alesp e disse que é preciso ter respaldo técnico para mostrar a importância da fábrica. "Qual o impacto da produção deles na saúde pública? Quais medicamentos que vocês fornecem que outros laboratórios não produzem?", questionou a parlamentar. Ela falou que essas informações devem ser mostradas para que haja argumento.