Um projeto que determina a composição mínima de mulheres nos conselhos de saúde, assistência social e educação do Estado foi aprovado na reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais realizada na terça-feira (23/10). De autoria da deputada Beth Sahão (PT), presidente da comissão, o projeto quer ampliar a participação e a representatividade do gênero feminino nos debates e espaços de atuação popular. "É importante que os homens entendam que as mulheres precisam estar participando de todos os espaços da vida pública e fora dela", defendeu. O projeto 1.044/2017 será apreciado agora pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. A criação do Dia Estadual de Luta contra o encarceramento da juventude negra levantou um debate entre os parlamentares presentes. O deputado Altair Moraes (REPUBLICANOS) posicionou-se contra a aprovação do PL 870/2017 e argumentou que adolescentes e jovens brancos também se encontram na mesma condição. "Vejo como discriminatório, tem juventude branca que está sendo encarcerada. Quando falamos sobre violência e prisão, a etnia é o que menos conta", concluiu. A deputada Beth Sahão se posicionou a favor do projeto e acrescentou: "Negar o encarceramento da juventude negra é negar o óbvio. Ao visitar os presídios do Estado, a maioria dos apenados são negros e jovens. Nós estamos defendendo uma raça que esse país tem uma dívida histórica. Esse projeto repara uma política errada", disse. De autoria do deputado Carlos Giannazi (PSOL), o projeto recebeu pedido de vista da deputada Monica da Bancada Ativista (PSOL) e poderá ser votado na próxima reunião da comissão. Os encontros da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais são abertos ao público e acontecem todas as terças-feiras às 14h. Além dos citados, estiveram presentes os deputados Arthur do Val, Delegado Olim, Douglas Garcia, Dra. Damaris Moura, Gil Diniz e Márcia Lia.