Janeiro Branco: leis aprovadas na Alesp buscam proteção da saúde mental

Psicóloga alerta para sinais que podem indicar distúrbios mentais e psicológicos em crianças e adultos
18/01/2023 16:46 | Conscientização | Tom Oliveira - Fotos: Jcomp/Freepik e Rodrigo Costa/Alesp

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Janeiro Branco (foto: Jcomp/Freepik)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-01-2023/fg294783.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Psicóloga Adriana Severine durante entrevista ao Estúdio Alesp (Foto: Rodrigo Costa)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-01-2023/fg294785.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A cada ano que passa, o tema da saúde mental ganha mais atenção no debate público. E o primeiro mês do ano é o período em que o tema é mais falado e abordado por especialistas, por conta da campanha "Janeiro Branco". Sobre esse tema, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo já aprovou diversas leis que buscam a prevenção dos transtornos que atingem desde crianças até idosos.

A Lei 17.413/2021, iniciativa da deputada Patrícia Gama, é um exemplo de medida aprovada pela Alesp sobre essa temática. A norma autorizou o governo estadual a criar o Programa de Suporte Emocional para Crianças e Adolescentes nas Escolas Públicas do Estado de São Paulo.

Em vigor também, há a Lei 16.944/2019, que institui a Semana de Prevenção e Combate à Automutilação, a ser realizada anualmente a partir do segundo domingo de janeiro.

No último dia 21 de dezembro, o plenário da Alesp aprovou o Projeto de Lei 85/2020 que institui, em âmbito estadual, o "Janeiro Branco", que será dedicado a ações de promoção do bem-estar e saúde mental. A proposta foi encaminhada e aguarda a sanção ou veto do governador, de acordo com o que rege a Constituição Estadual.

Essas iniciativas são importantes para trazer cada vez mais o tema ao debate. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a depressão atinge mais de 30 milhões de brasileiros, sendo que o Brasil é considerado o que tem a maior quantidade de casos da doença na América Latina e também um dos mais ansiosos do mundo.

A pandemia mudou a mentalidade

Em entrevista ao "Estúdio Alesp", a psicóloga Adriana Severine comentou que a pandemia de Covid-19 trouxe a quebra do tabu para se falar sobre a saúde mental, pois muitas pessoas perderam a vergonha de procurar um profissional de psicologia ou psiquiatria. "As pessoas começaram a buscar mais ajuda", frisou, comentando, na sequência, que notou um aumento expressivo de procura no seu consultório.

Transtornos mentais e psicológicos, de acordo com Adriana, atingem gente de todas as idades. Ela alerta, inclusive, para que os pais fiquem atentos a alterações de sono, alimentação e humor muito evidentes em seus filhos. Na dúvida, é sempre bom ter uma conversa em casa e procurar um profissional capacitado.

"A primeira coisa que nosso corpo dá sinal são os extremos, ou seja, um sono excessivo ou insônia aguda. Muita fome ou falta de apetite duradoura. Essa alternância pode indicar algum transtorno e a ajuda de um profissional é indicada a pessoas de todas as idades", pontuou.

Além da melhoria da qualidade de vida, o tratamento pode evitar casos graves de depressão e suicídios. "Infelizmente, o suicídio tem aumentado muito. A pessoa doente acha que não consegue ter tempo para resolver o problema e quer colocar um fim de forma imediata. Temos que ficar atentos para não deixar que o problema chegue a esse ponto", afirmou.

alesp