Igualdade salarial é tema de discurso na tribuna da Alesp

Presidente da sessão, Eduardo Suplicy (PT) fez uso do Expediente para saudar iniciativa do Congresso Nacional
05/05/2023 15:00 | Sessão Ordinária | Juliano Galisi, sob supervisão de Tom Oliveira | Foto: Rodrigo Romeo

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Eduardo Suplicy (PT) durante o Expediente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2023/fg300143.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta sexta-feira (5), o deputado Eduardo Suplicy (PT) fez uso do Expediente para discursar sobre a desigualdade social entre homens e mulheres. Diante da aprovação de um Projeto de Lei (PL) no Congresso Nacional que torna obrigatório a igualdade salarial entre mulheres e homens que ocuparem os mesmos cargos, o parlamentar fez um discurso a respeito da isonomia de gênero.

De segunda a sexta-feira, a partir das 14h, o Expediente da sessão ordinária permite que os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) façam uso da tribuna para debater temas livres.

Disparidade salarial entre homens e mulheres

Presidente da sessão, Suplicy iniciou seu discurso destacando uma semana "agitada" na política nacional e relembrando a votação no Congresso Nacional de uma lei para punir empresas que paguem salários desiguais para homens e mulheres. Segundo o petista, a disparidade nos vencimentos é uma das mais latentes formas de discriminação de gênero.

"Precisamos encarar o machismo como um problema estrutural e que vem de uma construção histórica, definindo lugares sociais desiguais", disse Suplicy. Segundo o parlamentar, a aprovação da lei que fiscaliza o tema é "motivo de alegria e comemoração".

Carga horária e dupla jornada

Outros problemas que mulheres enfrentam quanto ao mercado de trabalho foram citados por Suplicy. O deputado destacou que, além da disparidade salarial, há de se enfrentar o desemprego, que assola muitas mulheres, e levar em consideração a dupla - ou mesmo tripla - jornada de trabalho.

"A carga horária é um problema que dificulta a vida das mulheres. Dando conta do trabalho doméstico, do cuidado com as crianças, com os idosos ou pessoas adoecidas, soma-se uma média de 21,4 horas semanais a mais que a carga remunerada. Para os homens, destina-se apenas 11 horas por semana a essas atividades - quando fazem, pois muitos acreditam que é trabalho de mulher", ponderou Eduardo Suplicy, reforçando a importância da estatística.

Próximos passos

A garantia da isonomia salarial, segundo Suplicy, foi um grande passo na luta pelos direitos das mulheres, mas ainda há muitos aspectos a serem trabalhados pelo Congresso Nacional e pelo Governo Federal. "Que seja o primeiro dos muitos atos que virão no governo Lula", disse o petista.

O parlamentar, por fim, destacou que a proposta da renda básica universal contribuiria no processo de amenização das desigualdades social e econômica. "A renda básica igual para todos os brasileiros e brasileiras também enfrentaria o problema da remuneração entre homens e mulheres", disse Eduardo Suplicy.

Diante da ausência de demais oradores, Suplicy encerrou seu discurso e suspendeu a sessão, convocando os parlamentares para a sessão ordinária de segunda-feira.


alesp