Ações contra o racismo são apresentadas em I Encontro de Veículos e Jornalistas Negros, na Alesp

Evento foi promovido pelo mandato Movimento Pretas; arsenal legislativo de combate ao racismo e pela igualdade racial envolve desde criação de comissão permanente e honrarias até encontros com comunicadores negros
12/05/2023 15:37 | Imprensa | Claus Oliveira | Foto: Carol Jacob

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Encontro de Veículos e Jornalistas Negros na Alesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2023/fg300704.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Encontro de Veículos e Jornalistas Negros na Alesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2023/fg300705.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Encontro de Veículos e Jornalistas Negros na Alesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2023/fg300706.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Na véspera dos 135 anos da Lei Áurea - 13 de maio - o Movimento Pretas, mandato coletivo de sete deputadas estaduais na Alesp, anunciou medidas de combate ao racismo e pela igualdade racial no Estado de São Paulo. O projeto "SP é Solo Preto e Indígena" foi apresentado a veículos de imprensa e jornalistas negros nesta sexta (12), pelas codeputadas do Psol Mônica Seixas e Karina Correia. O arsenal legislativo antirracista é a versão estadual de uma proposta homônima da vereadora paulistana Luana Alves (Psol).

"É uma série de iniciativas. A gente está protocolando 10 projetos, desde o Prêmio Glória Maria, que homenageia jornalistas negros, e o Luiz Gama, para ativistas negros, até a derrubada de homenagens a racistas no Estado", explicou Mônica Seixas. Há, também, o objetivo de se criar uma comissão específica na Alesp para promover ações de erradicação à discriminação étnico-racial.

Outra trincheira de luta contra o racismo, segundo o Movimento Pretas, será o resgate do protagonismo negro. Nesse particular, o projeto sugere o nome de Theodosina Rosário Ribeiro à Biblioteca da Alesp. Ribeiro foi a primeira mulher afrodescendente a ser eleita deputada estadual em São Paulo, em 1971. "Contar a história do povo negro e do indígena é algo ainda não feito. A gente conhece os bandeirantes, mas não conhece quem construiu esse prédio de mármore [O Palácio 9 de Julho, sede da Alesp]", frisou Seixas.

Rede de comunicadores negros

O lançamento estadual do "SP é Solo Preto e Indígena" também abrigou o 1º Encontro de Veículos e Jornalistas negros do Estado de Paulo, promovido na Alesp pelo mandato compartilhado psolista. As codeputadas dialogaram com comunicadores negros que atuam em órgãos de imprensa tradicional e independente.

Entre as demandas trazidas pela rede de comunicadores negros, destacaram-se o fomento estadual a projetos jornalísticos - especialmente a rede de comunicação das periferias - e mais espaço para o ativismo negro no debate público.

"Para contar a história não contada, os protagonistas sempre foram os jornalistas negros. Eles ainda estão contando a verdadeira história do Estado de São Paulo", frisou a codeputada Mônica Seixas que também é jornalista de formação.

Participaram do Encontro os comunicadores sociais Antônio Junião (portal Ponte Jornalismo); Thais Siqueira (Desenrola e Não Me Enrola); Beatriz Monteiro (podcast Manda Notícias), Anderson Moraes (Jornal Empoderado), Leonardo e Aline Almeida (Jornal Espaço do Povo) e Louise Maiana (Record TV).

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