O deputado Lucas Bove (PL) apresentou na Assembleia "Moção de Repúdio" à recepção feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Assim como às agressões sofridas por jornalistas brasileiros e estrangeiros durante a entrevista de Maduro no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Na proposição, o deputado lembra que Maduro é acusado pela Organização das Nações Unidas por ter cometido inúmeros atos de violação aos direitos humanos, tráfico de drogas e narcoterrorismo, pelo Governo dos Estados Unidos. Neste sentido, comenta Lucas Bove, a atitude do presidente Lula "sinaliza internacionalmente uma reaproximação com o governo ditatorial da Venezuela, colocando o Brasil em uma posição vexatória e conivente com crimes de natureza gravíssima". Nos argumentos, Lucas Bove ressalta: "Segundo investigações já realizadas, o governo ditatorial comandado por Maduro se utiliza da violência como forma de manutenção do poder, valendo-se de execuções, sequestros, prisões e atos de tortura contra seus opositores. Apesar de todas as atrocidades reconhecidas mundialmente, o presidente Lula afirmou em reunião ser um prazer receber Maduro em Brasília e que as acusações de autoritarismo e violação de direitos humanos contra ele são apenas "narrativas". Tanto a visita, quanto a fala de Lula foram veementemente repudiadas pelos presidentes do Chile, Gabriel Boric, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou. O deputado Lucas Bove enfatizou, ainda, que, em razão desses graves crimes contra a humanidade praticados pela ditadura venezuelana, em 2019 o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia rompido relações com o governo de Nicolás Maduro, reconhecendo seu opositor, Juan Guaidó, como presidente interino. Além disso, em 2020, o Ministério das Relações Exteriores também deixou de reconhecer o corpo diplomático da Venezuela no Brasil.