Em audiência pública na Alesp, alunos de Medicina da Santa Casa pedem mudança na gestão da faculdade

Grupo cobra afastamento de diretor, que já foi convidado a dar sua versão dos fatos na Comissão de Saúde do Parlamento
01/06/2023 18:51 | Mobilização | Fábio Gallacci - Fotos: Larissa Navarro

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Audiência Pública Faculdade de Medicina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg302418.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência Pública Faculdade de Medicina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg302459.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência Pública Faculdade de Medicina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg302460.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência Pública Faculdade de Medicina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg302461.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo sediou, nesta quarta-feira (31), uma audiência pública com alunos e professores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa da Capital. Na pauta, o pedido de afastamento imediato do presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da faculdade, Tonico Ramos.

O pedido é baseado em denúncias de que o diretor estaria supostamente usando verba institucional em benefício próprio. Sua saída, de acordo com alunos e professores, garantiria a isenção das investigações. Na busca por terem sua reivindicação atendida, os alunos iniciaram uma greve no último dia 24 de maio.

A audiência, organizada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), também contou com a participação dos colegas do PT, Eduardo Suplicy e Luiz Cláudio Marcolino, Paula da Bancada Feminista (PSOL) e representantes do Movimento Pretas e da deputada Leci Brandão (PCdoB). Todos demonstram seu apoio à causa.

"A Fundação está cometendo uma ingerência no funcionamento da faculdade. A luta pela defesa da Faculdade de Medicina da Santa Casa não pode ser só dos alunos, mas de toda a sociedade. Estamos aqui abraçando essa causa porque essa faculdade é um patrimônio educacional do Brasil", afirmou Giannazi.

Comissão de Saúde

Foi aprovado um requerimento para convidar o diretor Tonico Ramos para dar a sua versão dos fatos diante da Comissão de Saúde da Alesp. A data ainda será definida. Advogado, Tonico Ramos foi deputado por três mandatos na Alesp, entre 1983 e 1995. Em seu segundo mandato, foi presidente do Parlamento e da Constituinte estadual. Ele ainda foi governador interino do Estado em 1991.

Integrante da Comissão de Saúde da Alesp, o deputado Luiz Cláudio Marcolino pediu que a Fundação revogue todos os atos realizados pelo diretor até o momento e sugeriu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os fatos. A parlamentar Paula da Bancada Feminista ressaltou a importância de um acompanhamento minucioso do Ministério Público.

Conselho Fiscal

Representante dos alunos, Melina Houlis, presidente do Centro Acadêmico Manoel de Abreu, informou que, em março, recebeu uma representação efetuada pelo Conselho Fiscal da própria Fundação apontando Tonico Ramos como alvo de situações que necessitavam maior apuração. "Estamos aqui, hoje, pedindo ajuda de todos que se solidarizam com o futuro de nossa Saúde", acrescentou.

Noemi Takiuchi, vice-diretora da Faculdade de Fonoaudiologia, confirmou o apoio do corpo docente à causa dos estudantes. "Também queremos esse afastamento para que a gente consiga trabalhar sem essa interferência e que a investigação efetivamente aconteça", justificou.

Atendimentos

Apesar da paralisação dos alunos e apoio dos professores, os atendimentos que são realizados por eles na Santa Casa de São Paulo continuam. "Os alunos dos últimos anos estão realizando esses atendimentos afim de não prejudicar a população. Mas, o que a gente entende é que, se você prejudicar a formação dos alunos, o que pode acontecer é acabarmos também prejudicando a saúde da população", comentou a professora Noemi.

alesp