Opiniões favoráveis e contrárias ao retorno das aulas presenciais foram defendidas na tribuna da Alesp na tarde desta segunda-feira (8/2). "Somos a favor da volta às aulas considerando que educação é serviço essencial de uma nação e todos os esforços devem ser despendidos nesse sentido. Uma nação que se preze dá prioridade às suas crianças", argumentou o deputado Castello Branco (PSL). Ele comentou o retorno de 3,3 milhões de alunos em cinco mil escolas da rede estadual nesta segunda-feira. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) anunciou que a categoria iria entrar em greve. "O Sindicato dos Professores alega falta de estrutura nas escolas e pede vacina prioritária para os trabalhadores da educação", comentou Branco, que considera preocupante a falta de aulas presenciais. "A pandemia intensificou o abandono de escola entre os alunos mais vulneráveis". A greve dos professores foi defendida pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL). "Quero manifestar meu total apoio à greve sanitária", afirmou. "É um movimento em defesa da saúde da comunidade escolar". De acordo com Giannazi, o lema da greve sanitária é "escola fechada, vida preservada". Giannazi relatou visitas que fez a escolas de rede estadual na manhã desta segunda-feira. "A situação é grave. Fui a escolas sem a mínima condição estrutural de ter volta às aulas. Faltam funcionários, material de limpeza, escola degradada, um verdadeiro caos". Uma das escolas visitadas pelo parlamentar foi a Escola Estadual Evandro Cavalcanti Lins e Silva, no Jardim Castro Alves. "Nessa escola, não foi possível o retorno às aulas. Dois professores estavam contaminados, tiveram contato com os funcionários durante a semana passada, no planejamento presencial". Há mais de 160 casos de professores e agentes escolares contaminados na rede estadual, comentou o parlamentar, que criticou a realização de planejamento presencial nas escolas. Anvisa e vacina O deputado federal e ex-ministro da Saúde Ricardo Barros publicou em suas redes sociais que "enquanto os papéis dormem, as pessoas morrem; a burocracia é uma forma de despotismo", referindo-se à análise das vacinas pela Anvisa. Para Frederico d"Avila (PSL), "apesar de hoje a Anvisa ser presidida pelo ex-almirante Barra Torres, a agência foi contaminada ao longo de anos de governo petista". D"Avila citou a proibição do herbicida Paraquat pela agência. Para ele, "a Anvisa só atrapalha o desenvolvimento das tecnologias e biotecnologias no Brasil".