Com 19 parlamentares eleitos para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a Federação PT/PcdoB/PV promete uma oposição dura ao governo Tarcísio de Freitas em pautas polêmicas, como as possíveis reforma administrativa do funcionalismo público estadual e privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) bem como concessões de áreas públicas à iniciativa privada. "A Federação fará uma oposição firme ao governo, em especial nas propostas que a gente não concorda. O meu papel como líder será acompanhar de perto as ações do governo para fazer a fiscalização necessária", aponta o deputado Paulo Fiorilo (PT), nomeado como líder do grupo. Maior bancada A bancada praticamente dobrou de tamanho em relação à forma como terminou a legislatura anterior, crescendo de 11 para 19 deputados e deputadas e, por isso, os parlamentares esperam ter mais força enquanto oposição ao governo no Parlamento paulista. "Hoje, a Alesp tem um grupo que dá maioria relativa ao governador, mas vamos ter que perceber na prática como se dará em relação à votação dessas pautas polêmicas", comenta Fiorilo. Composta por 19 deputados e deputadas, a bancada da Federação PT/PCdoB/PV se junta à do PL como as duas maiores da Alesp. São 10 reeleitos: Dr. Jorge do Carmo; Emídio de Souza; Enio Tatto; Luiz Fernando Ferreira; Marcia Lia; Maurici; Paulo Fiorilo; Professora Bebel; Teonilio Barba, todos do PT; e Leci Brandão, do PCdoB. Outros cinco petistas voltam à Alesp após já terem sido parlamentares em legislaturas anteriores. São eles: Ana Perugini; Beth Sahão; Luiz Cláudio Marcolino, Simão Pedro e Eduardo Suplicy. Para essa legislatura, o PV não elegeu parlamentares. Quatro parlamentares do PT são estreantes na Casa: a ex-vereadora de Araraquara, Thainara Faria, o sociólogo Rômulo Fernandes e os ex-vereadores da capital paulista Antônio Donato e Paulo Reis. "Será uma bancada que unirá a experiência dos que aqui estão com oxigênio novo dos que chegaram. O resultado disso será uma oposição que enfrentará o governo sem dó", afirma Reis. Mais mulheres A deputada reeleita Professora Bebel cita que a bancada cresceu em números totais, mas também na representatividade feminina, com cerca de 30% de sua composição formada por mulheres. "A Alesp avançou muito nessa questão de representatividade. Acho que todas que chegaram vêm com uma bagagem para agregar à nossa luta dentro Parlamento pelas pautas que são nossas bandeiras", comenta. Prioridades Segundo o líder, Paulo Fiorilo, a prioridade da Federação será a dos projetos e programas que contribuam com áreas periféricas da capital e das grandes cidades, além dos benefícios que ajudem as pessoas que mais precisam de políticas públicas. "Ainda temos muitas regiões com estradas sem asfalto e sem internet de qualidade, o que para o desenvolvimento regional é muito ruim. Precisamos avançar nessas questões", elenca.