RELAÇÕES INTERNACIONAIS SUBNACIONAIS E PARADIPLOMACIA É TEMA DA MAIS RECENTE AULA DO CURSO DE GESTÃO DE MANDATO.

Essa já é a nona aula oferecida pelo curso promovido pelo ILP.
26/05/2021 10:50 | on-line | Rafael Ferreira de Sousa

Compartilhar:

Apresentação de Carlos Rifan<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/L-05-2021/fg267642.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Conquanto no campo da política e das relações internacionais seja ainda preponderante o papel dos estados-nação soberanos, cada vez mais a atuação de entidades subnacionais, como governos locais, e também da sociedade civil, vem ganhando importância nessa esfera. Para saber mais sobre estes tópicos, os verbetes "Estado-Nação" e "Sociedade Civil", dentre outros do Dicionário de Conceitos Políticos do ILP relacionados ao tema, podem ser acessados em nossa página no portal da ALESP.

Nesse contexto, o ILP, por meio da Rede ALESP, exibiu, nesta segunda-feira, dia 24 de maio, a sua nona aula do curso de gestão interdisciplinar de mandato. O mais recente encontro, mediado pela analista legislativa do ILP, Paula Schneider, e ministrado pelo internacionalista Carlos Rifan, procurou dar conta do tema "Relações Internacionais aplicadas aos municípios através da atuação parlamentar". Por meio da exposição do palestrante, os expectadores da rede ALESP puderam ter noção de como funcionam os projetos de internacionalização nos municípios brasileiros.

De início, Rifan procurou conceituar o termo Relações Internacionais: "é um campo de atuação profissional que visa vários segmentos diferentes [...]. É um campo dividido em direito internacional, economia internacional, paradiplomacia, negócios internacionais e meio ambiente", declarou.

Segundo o especialista, uma atividade recente desse setor é compra de vacinas para o combate ao novo coronavírus. Sendo assim, negociadores capacitados sempre entram em cena quando surge este tipo de compra emergencial. Junto a isso, destacou a importância de um competente profissional de relações internacionais, que possuiria um olhar mais amplo que o profissional restrito à área de administração em geral. Para reforçar tal afirmação, o professor exemplificou o passo-a-passo da intermediação da compra de produtos, que só poderia ser feita por profissionais altamente capacitados.

Sobre o processo de internacionalização dos municípios, o internacionalista pontuou que existe coerência com a Agenda 2030, da ONU, que procura, por meio de um viés socioeconômico, descentralizar a atuação das RIs, em outras palavras, dar oportunidade de municípios menores se internacionalizarem. E, explicando minunciosamente esses processos, Rifan citou um erro muito comum nesse tipo de negociação, que é o de se voltar o foco de interesse apenas para as grandes potências econômicas, como EUA, China e Alemanha:

"A gente esquece que o dinheiro de todos os lugares tem o mesmo valor. O euro da Guiné-Bissau e o euro vindo do México, já que é a moeda mais usada no mundo para pagamentos internacionais, assim como o dólar, terá o mesmo valor. A diferença é que [o munícipio de] Assis, no interior de São Paulo, não vai conseguir cobrir uma negociação internacional com um mercador chinês, por que ele [o mercador chinês] vai pedir 100 mil toneladas de um produto, enquanto Guiné-Bissau, uma cidade da Itália, Albânia, Ucrânia, vai pedir 12.500 toneladas", exemplificou o especialista.

Para conferir a mais recente aula, acesse https://www.youtube.com/watch?v=Ns_BUiYEBus. E, para conferir, gratuitamente, o nosso Dicionário de Conceitos Políticos, acesse https://www.al.sp.gov.br/repositorio/bibliotecaDigital/24369_arquivo.pdf.

alesp