ButanVac será vacina de 2ª geração, diz integrante do centro de contingenciamento da Covid em SP

Marcos Boulos, médico infectologista, foi entrevistado pelo jornal da Rede Alesp nesta terça-feira
06/04/2021 16:02 | Entrevista | Da redação

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No último dia 26 de março, o governador do Estado de São Paulo, João Doria, anunciou a produção da ButanVac - vacina com fabricação 100% nacional - pelo Instituto Butantan. A ButanVac vai significar ao país agilidade na fabricação e distribuição de imunizante, economia aos cofres públicos e uma segunda geração de vacinas.

Ao jornal da Rede Alesp, o médico infectologista Marcos Boulos, um dos 20 integrantes do Centro de Contingenciamento do Coronavírus do Governo do Estado de São Paulo, esclareceu algumas dúvidas desta nova vacina.

"Essa vacina será em termos de conhecimento imunológico melhor que as que temos. Ela será mais imunizante por ser de segunda geração. No começo do ano passado, a gente estimava que a produção de uma vacina demoraria vários anos, como sempre aconteceu. Houve uma revolução, não só na pandemia, por causa da doença, mas pelo desenvolvimento tecnológico", afirmou.

Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia do coronavírus, cientistas do mundo inteiro trabalham dia e noite pela descoberta de vacinas, fármacos e terapias que diminuam a letalidade do vírus.

A primeira geração de vacinas foi autorizada em dezembro de 2020, menos de um ano depois do início da pandemia. Isso só foi possível pelo investimento, agilidade na análise do processo de autorização e porque os cientistas usaram metodologia utilizada em outros imunizantes. Agora, com a segunda geração da vacina, o imunizante vai atuar em cepas que foram surgindo ao longo do desenvolvimento do vírus.

"Eu espero que em pouco tempo, talvez um ano e meio, dois anos, a gente possa ter esse novo produto, que adicionará mais um componente na proteção da comunidade, dos brasileiros", disse Marcos Boulos.

Enquanto a ButanVac está avançando nas fases de pesquisa determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em atenção a critérios rigorosos de biossegurança até chegar ao braço dos brasileiros, a vacinação no Estado de São Paulo e em demais estado brasileiros, segue com outros imunizantes.


alesp