O infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda confirmou, em entrevista concedida nesta terça-feira (13/4) ao Jornal da Rede Alesp, a eficiência da Coronavac contra a variante brasileira do coronavírus encontrada primeiramente em Manaus (AM). Ele falou sobre a relevância dos resultados apresentados pela vacina do Instituto Butantan contra a variante P1, que causa uma forma mais agressiva da Covid-19. "Foi avaliado com um número expressivo de mais de 60 mil trabalhadores da saúde que a vacina se mostrou efetiva na prevenção da doença, principalmente no contexto dessa nova variante", disse. Croda argumentou ainda que a Fiocruz pretende repetir essas análises na população idosa do Estado de São Paulo para observar se a Coronavac continua sendo eficaz no contexto da nova variante. Perguntado sobre a existência de mais de 92 variantes do vírus no país e a possibilidade de que nem todas essas cepas possam causar efetivamente um impacto epidemiológico, o pesquisador disse que "vão surgir muitas variantes, porque o vírus em sua biologia sofre muitas mutações à medida em que ele se replica" e acrescentou ainda que "o que torna o vírus uma variante especial ou não é a forma com que ele se torna predominante em uma determinada região". A solução apresentada pelo pesquisador para o combate à circulação viral do coronavírus inclui uma amplitude na campanha de vacinação, pois de acordo com ele, "quanto maior for a cobertura vacinal, menos variantes irão surgir."