'Infoxicação' e educação midiática são temas de oficina do ILP na Alesp

Parte do projeto SISPELegis, minicurso sobre tema será dividido em duas aulas gratuitas
28/04/2023 19:37 | Palestra | João Pedro Barreto, sob supervisão de Tom Oliveira - Imagem: Reprodução/Youtube

Compartilhar:

Oficina ILP: Infoxicação e educação midiática<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2023/fg299679.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu, na tarde desta sexta-feira (28), a primeira aula do minicurso "'Infoxicação' e Educação Midiática: como enfrentar o mal-estar digital na era das plataformas?". Realizada de forma virtual por meio do canal do YouTube da Alesp, a palestra foi comandada por Michel Carvalho da Silva, doutor em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC, mestre em Ciências da Comunicação pela USP e chefe dos Serviços de Comunicação Social da Câmara Municipal de Cubatão (SP).

O evento foi organizado pelo Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e faz parte do projeto Sistema Paulista de Escolas do Legislativo (SISPELegis). O projeto é uma iniciativa do ILP para criar uma rede colaborativa entre as escolas legislativas do Estado, órgãos responsáveis por realizar estudos e promover debates para aprimorar as legislações municipais e estaduais. O intuito é compartilhar ações educativas na área de formação política, capacitação de quadros legislativos e disponibilização de ideias e soluções inovadoras aplicáveis às políticas públicas municipais.

A primeira aula abordou aspectos conceituais sobre o fenômeno da 'infoxicação', história dos estudos sobre o assunto, suas causas e consequências nos usuários. A segunda, que acontecerá na próxima sexta-feira, dia 05 de maio, abordará como a educação midiática pode combater o mal-estar digital.

'Infoxicação'

O conceito de 'infoxicação', neologismo criado da junção das palavras informação e intoxicação, começou a ser formulado em meados da década de 90 e se baseia em um consumo excessivo de informações de todo o tipo e qualidade. Esse excesso é capaz de paralisar, adoecer, criar ansiedade e borrar as fronteiras entre ler e entender.

O pesquisador ainda explica que, com a popularização da internet, todas as pessoas passaram a ter oportunidade de produzir conteúdo e informações, gerando um cenário problemático de excesso de informações disponíveis, incluindo informações falsas, golpes digitais e discursos de ódio. "Hoje em dia a gente vive uma overdose de tudo. São hiperimagens, hiperestímulos, hipermensagens, hipervozes, hiperconexão, hiperinteração. O cérebro humano não consegue processar tantos estímulos", disse.

Mal-estar digital

Para identificar se estamos 'infoxicados', o palestrante detalha que devemos observar e analisar como nos relacionamos com as mídias, principalmente por meio dos telefones celulares. Segundo ele, é preciso notar se o nosso consumo midiático vem acompanhado de ansiedade, dispersão ou impactos emocionais, se utilizamos o celular de forma obsessiva, se precisamos dele para dormir ou acordar.

Esse 'mal-estar digital' será perceptível quando tiver dificuldade de ler um texto devagar, sem pular palavras ou quando se sentir exausto apenas ao mexer nas redes sociais ou no celular. "Muitas vezes ao fim do dia, mesmo que o trabalho não seja estressante, a pessoa chega esgotada em casa. Isso por conta das telas, do consumo de redes sociais durante aquele dia. Esse consumo causa esgotamento", afirmou.

Para conferir mais cursos e eventos do ILP, acesse: https://www.al.sp.gov.br/ilp/cursos-eventos/

alesp