Em entrevista à Rede Alesp nesta sexta-feira (30), a pesquisadora e pneumologista da Fiocruz Margareth Dalcomo afirmou que o Regeneron, medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento da Covid-19, necessita do aval da Comissão Nacional de Incorporação Tecnológica (Conitec) para ser disponibilizado à população. Segundo a especialista, os estudos definitivos da pesquisa ainda não foram publicados. Margareth explicou que o medicamento tem um alto custo e é indicado para pessoas com grau moderado da doença ou portadores de alguma condição prévia, como por exemplo hipertensão. "Eu diria que o Regeneron é uma luz no fim do túnel para casos moderados", afirmou. Há muitas questões ainda não respondidas que envolvem o tratamento, de acordo com a pesquisadora. "Momento de uso, dificuldade de aplicação intravenosa, definição de momento ideal para uso, número de doses, quem são os pacientes e quem pagaria por este tratamento que tem um alto custo são alguns dos pontos", disse ela. Perguntada sobre uma previsão para a chegada do medicamento no Sistema Único de Saúde, a pesquisadora comentou que possivelmente o remédio será disponível apenas para pessoas que têm acesso a planos de saúde privados que possam pagar. Por fim, Margareth ressaltou que a vacina não é milagrosa e que a população precisa cooperar com as medidas de segurança contra a Covid-19 para conter a transmissão da doença. Ela afirmou ainda que é necessário que todos tenham consciência. "O mais importante agora é reivindicar que todos tenhamos muita vacina e acelerar o processo de vacinação para que possamos chegar às idades mais jovens", disse.