A Comissão de Saúde recebeu na terça-feira (26/6), Soraya Soubhi Smaili, reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e José Roberto Ferraro, superintendente do Hospital São Paulo. Eles vieram esclarecer o cancelamento do repasse de R$ 30 milhões da Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF) para o Hospital São Paulo. Os recursos foram suspensos em abril de 2017, quando a Unifesp recebeu uma carta explicando que o hospital era de propriedade privada e filantrópico. José Roberto Ferraro declarou durante o depoimento que a suspensão foi uma atitude desnecessária. "O hospital deixou de atender muitas pessoas por causa disso, tivemos que desligar funcionários. Mesmo que o valor seja recomposto, já deixou marcas". Segundo o superintendente, o hospital tem 170 leitos a menos e os enfermos que aguardam para serem atendidos estão sofrendo. Soraya Smaili falou que a universidade recebeu recursos do MEC. "Como somos uma universidade federal e o Hospital São Paulo é considerado nosso hospital universitário, o Ministério da Educação (MEC) reconheceu a necessidade e repassou recursos por meio de uma descentralização para a Unifesp, a fim de ajudar o hospital diante dessa situação. No ano passado foram 10,8 milhões, assim como neste ano. No entanto, conforme alegou o Ministério Público Federal, deixamos de receber 23 milhões do ano passado para cá". O deputado Edmir Chedid (DEM), que presidiu a sessão, afirmou que houve falta de sensibilidade do governo anterior. "O ministro da saúde à época poderia ter equacionado o repasse de recursos com um convênio suplementar, para que eles pudessem voltar a operar na plenitude", disse. Também estiveram presentes os deputados André do Prado (PR), Carlos Neder (PT), Doutor Ulysses (PV), Hélio Nishimoto (PSDB), Marcos Martins (PT) e Milton Vieira (PRB).