A Assembleia Legislativa de São Paulo foi palco de uma discussão feminina em busca de um objetivo: equilibrar o número de parlamentares entre homens e mulheres. O evento "Mulheres na Política", de iniciativa da deputada Marina Helou (REDE), aconteceu nesta quinta-feira (19/9), no plenário Tiradentes. Em uma mesa com futuras candidatas, ativistas e interessadas no tema, o plenário destinado às reuniões de comissões estava quase que 100% ocupado por mulheres. O debate foi em torno da expectativa e caminhos traçados para mudar o panorama atual. Os números são recordes, mas ainda insuficientes: na 19ª legislatura, a Alesp registra 19 deputadas mulheres, de 94 parlamentares, o maior número da história. Na Câmara dos Vereadores da capital paulista, também há um recorde: nove mulheres entre 55 vereadores. Natalia de Souza é estudante de jornalismo e escolheu como trabalho de conclusão de curso o tema "Representatividade feminina na política", focando na capital paulista. Na visão dela, ainda há muito terreno para ser conquistado. "Isso deveria ser natural. Mulheres na política, no jurídico. É importante essa discussão, pois precisamos ter nossa representatividade e lugar de fala. Espero que nas eleições ano que vem " para prefeito e vereador " esse cenário mude e que votar em mulher se torne normal", declarou a estudante, que faz estágio em um gabinete da Câmara Municipal. Duda Alcântara, porta-voz da Rede Sustentabilidade, afirmou que eventos como este são importantes para mostrar cases de mulheres que já passaram pela experiência de campanha política. "Hoje a média de mulheres na política está em 15%. O objetivo do evento é contar as experiências de quem já teve dificuldades de ser mulher na política. A ideia é mostrar pra elas que é possível e usando o caso da Marina vamos trazer esta ideia", disse Duda. O evento recebeu representantes dos movimentos: Vote Nelas, Brasilianas, Elo Mulheres e Elas no Poder.