Paulistas são maioria em cadastro de doadores de medula óssea; leis criadas na Alesp buscam conscientização

Cadastramento é feito em diversos hemocentros espalhados pelo Estado de forma rápida e simples
23/11/2022 17:29 | Saúde | Tom Oliveira - Foto Freepik

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Redome segue sendo o principal cadastro de possíveis doadores no país com 55 milhões de pessoas (Foto: Freepik/Ilustrativa)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2022/fg292560.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os paulistas formam a maioria dos cadastrados no Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea), com mais de 1,4 milhão. Esse destaque só foi possível graças às diversas campanhas promovidas em várias cidades do Estado para conscientizar a população.

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo criou, em 2017, a Semana de Mobilização Estadual para Doação de Medula Óssea pela Lei 16.386/2017, a ser realizada anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro. Essa proposta é de autoria do ex-deputado Ed Thomas. Já no ano seguinte, foi instituída a campanha Fevereiro Laranja por meio da Lei 17.207/2019, de autoria do deputado Thiago Auricchio (PL).

Há quatro anos, também foi criado o Sistema Paulista de Cadastro e Doação de Medula Óssea com o objetivo de dar mecanismos para a atuação da Secretaria Estadual da Saúde quanto ao cadastro de novos doadores e realização de transplantes. A Lei 16.790/2018, de autoria de Fernando Cury (União Brasil) determina que o Estado, em conjunto com a União, deve promover as medidas necessárias para a capacitação de pessoal e melhoria na estrutura na rede de coleta e cadastramento de novos doadores.

O transplante de medula é fundamental para pacientes com doenças do sangue, como leucemia, linfomas e alguns tipos de anemia. Até setembro, mais de 830 transplantes foram realizados no Estado somente pelo SUS. Hoje são 31 hospitais habilitados para a realização de transplantes de medula óssea de forma gratuita.

Como me cadastrar?

Hoje, o Redome segue sendo o principal cadastro de possíveis doadores no país, com 5,5 milhões de pessoas. Para se cadastrar, o interessado deve ir até o hemocentro mais próximo e preencher uma ficha cadastral. No dia será coletada uma amostra de sangue para verificação de compatibilidade. Quando houver necessidade de algum paciente, o possível doador compatível será comunicado.

O que preciso para ser doador?

- Ter entre 18 e 35 anos de idade;

- Estar em bom estado geral de saúde;

- Não ter doença infecciosa ou incapacitante;

- Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico;

- Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, mas cada caso deve ser analisado.

Onde me cadastrar?

Além das campanhas que podem ser organizadas por empresas e instituições, hoje é possível fazer o cadastro de doador nos hemocentros. Veja os principais no Estado: Hemocentro de Ribeirão Preto; Hemocentro da Unicamp, em Campinas; Santa Casa de São Paulo (capital); Laboratório de Histocompatibilidade/Afip (capital); Famerp, de São José do Rio Preto; Hospital Amaral Carvalho, de Jaú; e Hospital de Amor, de Barretos.


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